domingo, 11 de abril de 2010

Pai.



Gostaria de poder dizer coisas diferentes sobre você agora. Mas você não tornou isso possível. Não sei quem é ou oque se tornou ou que foi. Só sei do sentimento que está aqui guardado em mim.Você me deixou sem fé e esperança. Nunca esteve ao meu lado, não me viu crescer, nem viver ou adoecer. Não me ensino a jogar bola, andar de bicicleta ou pronunciar seu nome. Não me ensinou a brigar, não me ajudou com lições de matemática e nunca me falou sobre sexo. Não me ajudou a me tornar um homem, a fazer minhas próprias escolhas, a ser alguém melhor. Queria saber seus motivos, oque você pensa ou pensava. Quero saber por que me deixou aqui sozinho. Posso contar nos dedos quantas vezes lhe vi. Sempre achando que você iria dizer q ia ficar ao meu lado, dizer que não iria mais embora. Mas isso não aconteceu. Não me orgulho de ter o seu sangue, o seu nome ou a sua semelhança. Considero-te um franco, egoísta e covarde. As vezes penso que gostaria que você tivesse morrido quando eu era criança, assim poderia pensar que nunca esteve do meu lado ou me amou por que não pode não por que não quis.Mas de uma coisa eu me orgulho, que as poucas vezes que olhei em seus olhos nunca te chamei de pai.